sexta-feira, 26 de junho de 2009

A BEM AVENTURANÇA E COMO ALCANÇÁ-LA

Geraldo Braga


Bem-aventurados os que sabem e cujo conhecimento é livre de ilusões e supertisões.
Bem-aventurados os que dizem o que sabem, de maneira bondosa, franca e verdadeira.
Bem-aventurados aqueles cuja conduta é tranqüila, honesta e pura.
Bem-aventurados os que ganham a vida de maneira que não traga mal ou perigo a qualquer ser vivente.
Bem-aventurados os tranqüilos, que se despojaram da má vontade, orgulho e falsa convicção, substituindo-os por amor, piedade e compreensão.
Bem-aventurados todos aqueles que dirigem os melhores esforços no sentido da preparação e domínio de si mesmos.
Bem-aventurados, além de todos os limites, quando por este meio vos despojardes das limitações do egoísmo.
E bem-aventurados, finalmente, os que se extasiam em contemplar o que é profundo e verdadeiro sobre este mundo e nele a nossa vida.

Grandes Vidas, Grandes Obras – Seleções do Reader’s Digest, Ed. Ypiranga.

Leia também:
Gloria Maria – A Energia do Dinheiro
Lair Ribeiro – Riqueza, Ambição de Muitos, Realização de Poucos.
Deep Chopra – As Sete Leis Espirituais do Sucesso.


PTC, 01/jan/08

quinta-feira, 11 de junho de 2009

PATROCINIUS’ ECOLOGY

Geraldo R. Braga*

Beautiful, clean, rich, good food and climate, nice people, wonderful place to live, this is Patrocínio, MG, the land of te Mineral Water “Sierra Negra” (Black Mountain) and Capital do Café do Cerrado.
Para tornar ainda mais agradável a vida nesta simpática cidade das Gerais, apresento algumas sugestões aos nossos leitores, baseadas em nossas viagens e pesquisas por 42 países dos 6 continentes. Patrocínio (PTC), faz parte do circuito “Caminhos do Cerrado”, incluindo Guimarânia, Cruzeiro da Fortaleza, Serra do Salitre, Perdizes, Iraí de Minas, Monte Carmelo e outros municípios do Alto Paranaíba.
Sombreamento e Cobertura do Solo - de acordo com o Prof. Samuel Branco - O Desafio Amazônico, Coleção Polêmica, a eliminação da sombra faz com que haja um excessivo aumento da temperatura dos solos. Esse aumento causa não só a rápida destruição do húmus e da flora de fungos e de outros microorganismos que são indispensáveis à fertilização do solo, como pode aumentar muito a evaporação direta, causando a subida, por capilaridade, da umidade das regiões mais profundas do solo, carregados de sais de ferro em solução. Esses sais de ferro, ao secarem, se depositam, originando o fenômeno de laterização ou formação de verdadeiros “ladrilhos”, impermeáveis, de terra aglutinada por sais de ferro.
A impermeabilização causada seja pela laterização, seja pela perda de húmus (que é o elemento gelatinoso formador de grumus que dão ao solo uma textura mais “arejada”), faz com que haja redução da infiltração da água, com significativa elevação da parcela que escorre na forma de escoamento superficial. O aumento dessas águas de enxurradas se traduz, por outro lado, em aumento do transporte de solo arenoso para as regiões mais baixas e para os cursos d’água, formando grandes depósitos de areia branca, os areais, e entulhando ou assoreando os rios. Essa desagregação e transporte de solo é facilitada, por um lado pela ausência de árvores que interceptam as gotas de chuva, diminuindo o impacto explosivo das gotas sobre o chão; por outro lado, pela própria ausência de húmus, material gelatinoso que normalmente retém os grãos de areia, dificultando seu deslocamento.
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*Engº. Agr°. e Técnico em Transações Imobiliárias

Em vista do exposto se vê a importância da cobertura viva ou morta e sombreamento de solo. No período das chuvas deixar o “mato” crescer nas áreas descobertas podendo ser roçado manual ou mecanicamente, mas deixando-o sobre o solo, evitando erosão hídrica. No período seco, as árvores poderão ser coroadas, roçadas ou capinadas até a sua saia, também deixando a cobertura morta no próprio local.
Para a infiltração das águas de chuva no solo, esclarecer a população patrocinense para não calçar os quintais e mantê-los sempre plantados, especialmente com árvores frutíferas ou de sombra, por exemplo: abacate, acerola ou cereja-das-antilhas, alfeneiro ou alfeneiro-do-japão, amendoa-da-praia, amora, araribá, banana, caju, canela-da-índia, canela-sassafrás, carambola, castanheira, cedro, chorão, cinamomo, cítros, copaíba, óleo-de-copaíba ou pau-d’óleo, eucalipto-citriodora, goiaba, genipapo, grevílea, jacaré, ipê-amarelo e roxo, leucena, jabuticaba, jambo-branco, jambolão, jasmim, jatobá, macadâmia, manga, musta, nêspera, oiti, paineira, palmeira-imperial, pecan, pequi, pau-brasil, pau-ferro, pau-marfim, romã, seringueira, tamarindo, unha-de-vaca etc.

Como exemplo do emprego destas técnicas cito a pequena horta-jardim na casa 165 da Rua Rio Branco (centro) e o quintal sombreado e com cobertura morta na casa 780 da Rua Presidente Vargas, muito bem cuidado pela alegre, culta e simpática Magda Novaes.

A Praça da Igreja Matriz ainda necessita de mais algumas árvores ornamentais e de sombra. A Praça Honorato Borges está linda com exuberantes castanheiras (excelente sombreamento). A Praça Santa Luzia está muito bem formada com lindas palmeiras-imperiais. A Praça Queiroz Teles está com um bom número de árvores, inclusive frutíferas, semelhante à Athens (Greeceland) e Montréal (Kanada). A praça da estação rodoviária apresenta-se bem cuidada com bonitas árvores ornamentais. A Av. Faria Pereira tem uma boa arborização com palmeiras-imperiais em quase toda a sua extensão. Também merecem ser visitadas a Avenida Jacinto Barbosa e a Rua João Alves do Nascimento incluindo a Praça Olímpio Brandão (Prefeitura Municipal), muito bem cuidada e sombreada.Idem, Av.José Maria Alckimim. A CASEMG tem uma bonita área com eucaliptos junto à estrada de ferro. Falta sombreamento na área de estacionamento do Espaço Cultural “Joaquim Constantino Neto”. O Horto Florestal, da Secretaria Municipal de Agricultura tem uma produção variada de mudas florestais, para arborização, ornamentais e frutíferas para distribuição gratuita à população do município (até 50 mudas/cliente/mês). Para maior quantidade de mudas para reflorestamento fazer parceria com a Prefeitura. O DAEPA – Departamento de Água e Esgoto de PTC vem fazendo um bom trabalho em sua área, inclusive com a recomposição da mata ciliar na bacia do Córrego Feio com o plantio de inúmeras espécies nativas do cerrado. Em seu viveiro no Bairro Enéas foi inaugurado no dia 01/11 p.p. o Espaço Pedagógico Sálua Daura que será de grande valia na conscientização ecológica regional. A Av. Rui Barbosa tem um sombreamento razoável, algumas árvores, especialmente sibipirunas, necessitam de substituição. Também merece ser reaberta a Reserva da Matinha para caminhadas, pic-niks e aulas ecológicas sob a orientação de voluntários e profissionais das áreas de Agronomia, Agronegócio, Biologia, Engenharia Florestal e Técnico em Agropecuária por exemplo. Os bairros Constantino, Serra Negra, Marciano Brandão, Morada Nova, Enéas Aguiar e São Judas Tadeu necessitam de mais arborização e plantio de árvores frutíferas e ornamentais nas praças, avenidas, quintais e lotes vazios.A Rua Rio Branco ainda não recebeu suas merecidas mudas de pau-ferro e as lindas e perfumadas unhas-de-vaca.O Hotel Fazenda Recanto da Serra tem uma bonita área arborizada bem próxima ao Posto Rota do Sol (saída para PTM). Observe as mangueiras, eucaliptos, jacas, citros, goiabeiras, serigüela, seringueiras, etc. Visite também a bonita e bem cuidada área arborizada e jardins do UNICERP – Centro Universitário do Cerrado Patrocínio e o Centro Agropecuário de Exposições “Brumado dos Pavões”.

Como exemplo de cidades com boa arborização e sombreamento cito Canberra, ACT (Australian Capital Territory), Beijing – a “Capital do Norte” da China Comunista e Guangzhou ou Canton no mesmo “Império do Sol Nascente”, Budapeste (Hungria), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Curvelo, UDIA, PTM (MG), Campos do Jordão (SP) e CWI-PR (the brazilian ecological capital). Santa Cruz de la Sierra, a mais rica e dinâmica capital da Bolívia, está com um crescimento explosivo, e sua expansão urbana já está no 4º anillo (anel), mas a vegetação nativa (árvores dominantes), é mantida em todos os lugares, dando exemplo ao Brasil.

Grafia de Nomes Científicos - a língua oficial para nomes científicos é o latim, sendo o gênero e a espécie sublinhados por traços separados ou escritos em itálico. Por exemplo Homo sapiens (a espécie humana atual). A primeira letra da espécie é em minúscula. Por exemplo H. sapiens. No caso de espécie indeterminada escrever sp, no singular, sem sublinhar. Por exemplo Phaseolus sp (feijoeiro comum). Os nomes vulgares, compostos, deverão ser ligados por hifem, exemplo, ipê-roxo: Tabebuia impetiginosa Mart. Os nomes comuns variam de região para região. Os ipês-amarelos são conhecidos na Bolívia como “los tajibos”, nome do mais famoso hotel-cassino da Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra. O pau-ferro é o Iron-wood, no Estado de Victoria, Austrália. Em todo o mundo é o famoso Caesalpinea ferrea Mart. O pau-brasil ou Brazilian wood é a Caesalpinea echinata Lam. A cássia-imperial ou chuva-de-ouro é a Cassia fistula L. Veja em anexo, a grafia de algumas plantas nativas e exóticas, para arborização urbana, frutíferas, sombreamento, reflorestamento e ornamentais com possibilidades para PTC e Alto Paranaíba.

Árvores Imunes de Corte ou Derrubada - árvores raras ou de excepcional beleza ou de valor histórico poderão ser declaradas imunes de corte, pelo legislativo municipal, de acordo com a legislação do IBAMA. Exemplos de árvores já protegidas: um belíssimo exemplar de latifoliada (evergreen), plantado pelo Imperador da China na Shaman Island (ilha central de Cantão), por volta do ano de 1.500. Uma velha figueira-branca (Ficus sp), na antiga Freguesia de Sant’Ana da Paraíba Nova, atual Areias,SP, onde em 17/ago/1822 passou o Príncipe Regente Dom Pedro I e sua comitiva rumo ao Ipiranga, em sua histórica viagem da independência do Brasil. Uma copaíba ou pau-d’óleo (Copaifera langsodorffii Desf.) em PTC, na Av. Faria Pereira com a BR 462 (saída para Perdizes). Sugiro tornar imune a castanheira, de aproximadamente 40 anos de idade, na Praça Honorato Borges em frente a Joalheria França e uma palmeira-imperial nas Praças da Matriz, Santa Luzia ou Av. Faria Pereira. Também a mangueira centenária na Rua Presidente Vargas 780 e a velha jabuticabeira na Rua Rio Branco 159. Também o cedro – Cedrela fissilis Vell. (Meliaceae) na R. Expedito Dias junto à Loja da Mentira.

Áreas de Preservação Permanente (APP) - “Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas”.
Em PTC as APP se localizam:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, cuja faixa de vegetação terá uma largura, para cada margem, de:
30 m (trinta metros) para cursos d’água com menos de 10 m (dez metros) de largura. É o caso do Córrego Feio onde se faz a captação de água para a cidade e a mata ciliar no Córrego Rangel no Bairro Morada Nova. Excepcionalmente a APP no Córrego Feio é de 100 m de acordo com a Lei Municipal 815/64. A Lei 3.171/98 declara como APP toda a extensão do Córrego Feio e demais mananciais de PTC. A largura de 30 m deve ser obedecida por exemplo no Córrego Rangel (Bairro Morada Nova), Córrego Santo Antônio e Rio Espírito Santo .Após a recomposição da mata ciliar no Córrego Feio o mesmo certamente poderá ser chamado de Córrego Bonito ou Córrego Rico, homônimo a Paracatu.
50 m (cinqüenta metros) para cursos d’água que tenham uma largura entre 10 e 50 m. Caso do Rios Dourados e Salitre.
b) Ao redor das lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais: Lagoa Chapadão e Represa Nova Ponte, na fronteira com Perdizes. A área tombada às margens da Lagoa Chapadão é de 500 m de acordo com a Legislação Municipal, segundo informações do CODEMA – Conselho de Desenvolvimento do Meio Ambiente, órgão atuante em prol da ecologia em PTC.
c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos olhos d’água – raio mínimo de 50m de largura; caso da nascente do Córrego Rangel.
d) No topo dos morros, montes, montanhas e serras; alto da Serra do Cruzeiro e Morro da Mesa (Boqueirão).
e) Nas encostas ou parte destas com declividade acima de 45°, corres-
pondente à pelo menos 100% de declividade na linha de maior declive, por exemplo nas Serras Boa Vista, Cruzeiro, Gavião, Serra Negra, Ventania e Morro da Mesa.
É hora da comunidade pensar na formação de um Parque Estadual, Municipal, Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE), APA (Área de Preservação Ambiental), ou RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural na Estação Hidromineral de Serra Negra especialmente devido ao vulcão extinto e a lama sulfurosa (veja os exemplos da Austrália e Nova Zelândia).
A utilização das APP depende sempre de autorização prévia do IEF e sua exploração constitui crime ambiental.

Reserva Legal (RL) - “Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”.
Em MG a RL é de no mínimo 20% da área total da gleba, excluída as APP. Deve ser feita em glebas a partir de 100 ha (cem hectares). Processo bom, útil, necessário e que também reduz bastante o ITR (Imposto Territorial Rural) a ser pago anualmente.
A área de RL deve ser averbada à margem da matrícula no CRI, sendo vedada a alteração de sua destinação nos casos de transmissão, a qualquer título. É um processo bastante burocrático, caro, demorado e difícil. As autoridades do setor ecológico/ambiental deveriam simplificar bastante o processo tornando- o menos burocrático, mais simples, mais rápido, com menos documentos e declarações. Para que exigir declaração do Sindicado Rural em processos de R.L.? Também para que concordância dos vizinhos em pedidos de desmatamento do IEF? Por que um processo que pode ser feito em uma ou duas semanas demora de seis a doze meses ou mais? Consulte-nos para processos de RL inclusive em glebas de posses ou terras devolutas.
Nas áreas de RL não é permitido o corte raso e a exploração com fins comerciais. A vegetação não pode ser suprimida, podendo ser utilizada sob o regime de manejo florestal sustentável, à critério do IEF.
As áreas de interesse ecológico (APP, RL, RPPN etc) para serem levadas em consideração pelo fisco, necessitam estar declaradas no ADA – Ato Declaratório Ambiental (IBAMA) que infelizmente passou a ser exigido anualmente, junto com a declaração do ITR. Modestamente, com a minha experiência de 43 anos no setor agroflorestal, acho um absurdo, pois os mesmos dados já foram declarados no CCIR (INCRA) e ITR (Receita Federal). É mais uma papelada, completamente desnecessária, tornando o Brasil um dos países mais burocráticos do mundo, desestimulando investimentos estrangeiros.


Autorizo a publicação e divulgação.


Patrocínio nov/07 CREA 5.406/D-MG

segunda-feira, 8 de junho de 2009

EUCALIPTOS – A RIQUEZA DO BRASIL

Geraldo R. Braga*

De acordo com o Prof. Furtini Neto, no III Seminário de Silvicultura de Vazante, ago/07 e o Engº Ftal José de Castro Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em sua excelente palestra “Oportunidades com a Madeira de Eucalipto”, durante o XVI Seminário de Café do Cerrado em Patrocínio, MG, em set/08 os eucaliptos, da família das Mirtáceas, que também inclui goiabas, jabuticabas, pitangas, etc, são nativos ou originários da Austrália, Indonésia, Nova Guiné, Filipinas e Timor, com aproximadamente 700 espécies. Destas, 50 espécies se distribuem pela Índia, Brasil (BR), Chile, Argentina, África do Sul, EUA, Espanha, Madagascar, Portugal, Itália, Marrocos, Israel etc. As espécies mais comuns no Brasil são o grandis, urophylla, urograndis, citriodora (eucalipto-cheiroso), camaldulensis, etc. Indicação de algumas espécies para:
Mobiliário – grandis, saligna, urophylla e urograndis;
Energia – grandis, citriodora, camaldulensis e urophylla;
Estruturas/construções – urophylla, camaldulensis, etc.
Atingem até 80 m de altura, vivem até 1000 anos e chegam a produzir toros de mais de 200 cm conforme constatamos na margem direita do Murrey River, Echuca, Estado de Victoria, Austrália.
Os eucaliptos são as árvores mais plantadas no mundo – 17,8 milhões de hectares (ha). Primeiro país – Índia – com 8 milhões de ha – baixa produtividade. BR – 2º país em área plantada – 3,4 milhões de ha – cultivos intensivos, florestas clonais, alta produtividade, alcançando de 45 a 60 esteres/ha/ano ou numa estimativa conservadora, 35 st/ha/ano.
Os eucaliptos representam 65% da área de florestas plantadas no BR. Principais estados reflorestadores – MG – 1,054 milhões de ha (31%), SP – 799 mil ha (23%) e BA – 527 mil ha (15%), em 2006. O BR refloresta apenas 435 mil ha/ano e a China Comunista (PRC) 5 milhões de ha (12,5 vezes mais). O BR colhe 550 mil/ha, portanto o déficit atual é de 115 mil ha/ano e está crescendo (apagão florestal). O total reflorestado no BR é de apenas 5.345 mil ha, com 3.408 mil ha de eucaliptos, 1.835 mil ha de Pinus e 102 mil ha de outras espécies.
Principais usos – celulose e papel – 70%, carvão (siderurgia) – 25%. O BR tem 32 fábricas de celulose e ainda um consumo bastante
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*Engº Agrº Reflorestador, Economista Rural (MS)

baixo de papel “per capita”, apenas 42 kg/ano em comparação com os EE.UU. – 320 kg/ano. A CENIBRA consome 700 carretas de eucaliptos/dia e a Aracruz (ES) 25.000 m³/dia. MG tem 118 alto-fornos siderúrgicos, mais da metade usando carvão ilegal, de florestas nativas, especialmente o cerrado. Carvão do Paraguai está sendo exportado para Sete Lagoas, MG. Madeiras da Argentina, Uruguai e Bolívia estão sendo exportadas para SC e SP. A Amazônia brasileira produz 90% da madeira nativa do BR, sendo 87% consumida internamente. A exploração predatória é de 96%, 4% bom manejo e zero% de forma ideal.
Renda gerada pelos eucaliptos – U$ 21 bilhões, exportações U$ 7,5 bilhões (em 2005).
Vantagens dos eucaliptos – rápido crescimento, permitindo até 3 cortes ou colheitas à partir do 5º ano, alta capacidade produtiva, facilidade de aclimatação, usos múltiplos – celulose, papel, energia ( carvão, lenha), madeira para móveis, casas, pisos, postes, mourões, aglomerados, chapas de fibras, essências,etc.
Geração de empregos (investimento de R$ 1 milhão) – setor automotivo – gera 85 empregos, construção civil – 111, comércio – 149 e silvicultura – 160 empregos.
Geração de empregos diretos em 1000 ha – pecuária de corte – 7 e eucaliptos – 50 empregos.


Número de Empregos Diretos e Indiretos de Florestas
Plantadas em 2005

Discriminação ----------- Diretos -------Indiretos
Florestas plantadas ----- 233.900 ------ 917.000
Indústrias florestais -----442.100 ------ 738.600
TOTAL -------------------676.000 ----- 1.655.600

Contribuição à Balança de Pagamentos – Exportação – 2003

Complexo soja -------- U$ 8,1 bilhões
Produtos florestais ---- U$ 5,5 bilhões
Complexo carnes ----- U$ 4,0 bilhões
Couros e peles -------- U$ 2,5 bilhões
Açúcar e álcool -------- U$ 2,4 bilhões

Os produtos florestais representam 17,8% do agronegócio e 7,4% das nossas exportações.
Segundo a ABRAF, ABTCP, BRACELPA e SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura, o setor brasileiro de celulose e papel gera mais de 100.000 empregos diretos, recolheu R$2 bilhões em impostos em 2005 e deverá fazer investimentos superiores a US$ 14 bilhões no período 2003 a 2012.
O agronegócio é o sustentáculo de nossa balança comercial. Você, caro leitor, está vestido, alimentou-se e bebeu hoje? Agradeça aos fazendeiros e ao agronegócio, não ao MST, que nada produz.
O Latifúndio Produtivo, Grande Propriedade Produtiva ou Empresa Rural (Plantation ou Plantación), é que produz bem, com técnicas ecologicamente corretas, com respeito aos recursos naturais renováveis, barato e em grande quantidade para abastecer o mercado interno e exportação, não a agricultura de cabo de enxada, de fundo de quintal, do tempo da República dos Estados Unidos do Brazil. Os incentivos fiscais ao reflorestamento, ao tempo da tão boa e oportuna Lei 5.106/66 e DL. 1134/70 geraram muitos empregos, fixaram a mão-de –obra desqualificada no meio rural e seus bons resultados são sentidos até hoje (o jornal, livro ou revista que você está lendo certamente é feito de eucalipto, você sabia?).
O que sabem os falsos ecologistas e os “Stédiles e MSTs” da vida, massa de manobra analfabeta, despreparada, sem experiência, sobre genoma, genótipo, genética, transgenia, OGMs, biotecnologia, clonagem, céculas tronco, agroecologia, bioma, hibridação, seleção natural, agronegócio, recursos naturais renováveis, efeito estufa, ciclo do carbono e nitrogênio, relação C:N, micorrizas, solos álicos, distróficos e eutróficos, seqüestro de carbono, Rerum Novarum, Protocolo de Kyoto, APP, ARL, APA, RPPN, CTF, ADA, ARIE, EIA-RIMA, evolução (the struggle for life), Darvinismo, The Great Step Forward, The New Deal, Cedant a arma togae, Déclaration des Droits de l’ Homme et du Citoyen, mata ciliar, GPS, georreferenciamento, reflorestamento, eucaliptocultura, etc? Por que acham que tem o direito de arrancar, quebrar, cortar, queimar e destruir viveiros, estações de pesquisas e plantações de eucaliptos? Só por que o eucalipto é essência exótica ou estrangeira? A Rev. Veja, Ed. 2062, cita várias condições que fazem do BR um país do 1º e 3º mundo ao mesmo tempo, por exemplo: produtividade da terra (1º mundo) X invasão de terras (3º mundo), produtividade rural X devastação ambiental, motor bicombustível X poluição, Embrapa X Via Campesina (braço armado mais violento do MST internacional).
Em relação aos eucaliptos, as árvores dos frutos de ouro, nada se perde, tudo se aproveita, inclusive a essência (citronelal).Imitando Kalil Gibran dizemos que os eucaliptos são um poema que a terra escreve para o céu. Com aproximadamente 700 espécies, inclusive híbridos, o eucalipto, se adaptou perfeitamente bem no Brasil, em todos as latitudes e longitudes (Graças a Deus e não ao MST).
Com nosso conhecimento de 42 países nos 6 continentes, prática e responsabilidade de 40 anos como Engº Agrº Reflorestador, com 50 milhões de árvores especialmente eucaliptos, pinheiros, essências nativas, frutíferas, de arborização e ornamentais plantadas, cultivadas, manejadas, colhidas e exportadas, desde o Norte de Minas até o Litoral Sul de Santa Catarina, afirmamos que florestas homogêneas de eucaliptos não são um crime ambiental como querem pseudo-ecologistas (crime ambiental são as favelas rurais nas matas ciliares, destruição das nascentes e poluição dos mananciais de água, incêndios nos pastos e canaviais, destruição de viveiros florestais e estações de pesquisas agropecuárias, derrubadas de reflorestamentos, destruição das matas ciliares e desmatamento nos assentamentos do INCRA e invasões do MST, a Operação OPTei na Amazônia Legal etc). Plantações de acácias (leguminosas enriquecem o solo, fixando o nitrogênio atmosférico em suas raízes), eucaliptos e Pinus não destroem a biodiversidade, não deterioram os solos, não secam os rios. Tivessem um mínimo de educação ambiental, esses falsos ecologistas saberiam que esses mitos não tem nenhum fundamento científico. Também deveriam visitar o melhor museu do eucalipto do mundo. Onde? Austrália? Não, no Horto Florestal Navarro de Andrade em Rio Claro, SP, orgulho da nossa avançada silvicultura. Veja também os exuberantes eucaliptos centenários, plantados pelo saudoso Engº Agrº Edmundo Navarro de Andrade, pai de nossa eucaliptocultura, em 1903/1904.
Na Austrália, pátria dos eucaliptos, onde estivemos estudando sua ecologia e utilização florestal nos Estados de New South Wales, Canberra (ACT) e Victoria, esta mirtácea é a espécie predominante com ocorrência inclusive nos desertos. Praticamente é a única madeira utilizada em todo o país, por exemplo no ancoradouro do grande porto de Sydney. Há ocorrência de inúmeros animais nos eucaliptais, basta citar os símbolos da Austrália, os koalas (só se alimentam de folhas de eucaliptos), os cangurus, e os emus (aves pernaltas semelhantes a nossa ema) , diversas aves como pode ser visto em Sydney, Melbourne, Echuca, Moama, Wagga Wagga, Canberra, etc. As matas ciliares em Echuca e Moama (margens direita e esquerda do Murray River), são formadas com aproximadamente 95% de eucaliptos. Para quem quiser ver, o rio está lá (não está seco), sendo usado até hoje para a navegação turística. Junto ao Centro de Informações Turísticas há alguns exemplares lindíssimos, mais velhos que o BR, com diâmetros de até 200 cm. É a região do melhor E.camaldulensis, de madeira dura semelhante ao nosso jacarandá-da-bahia, usado para móveis finos, cutelaria, artesanato, etc.
Em reunião com os reflorestadores no Jardim Botânico de Canberra (Australian Capital Territory), eles ficaram admirados e demostraram grande interesse em visitar o BR ao saber de nosso adiantado nível tecnológico em eucaliptocultura, alta produtividade e grandes projetos de plantios anuais.
Surpreendentemente os eucaliptos tem raízes curtas, bem rasas. Conforme resultados de pesquisa na UFV, um pé de eucalipto de 30 m de altura tem em média apenas 1,5 m de profundidade das raízes. No espaçamento de 3x4 m as raízes são mais rasas (menor competição) e no espaçamento de 3x2 m mais profundas (2,5 m). Como as raízes dos eucaliptos crescem rápido, tem a capacidade de se aprofundarem rapidamente no solo à procura de água, e, assim sobreviverem no período crítico de 3 a 4 meses após o plantio. Veja porque se adaptaram tão bem aos cerrados brasileiros, savanas na África do Sul, solos fracos e rasos na Espanha, Portugal, Peru, Chile, Bolívia, etc.
Os eucaliptos causam desertos? Não, os desertos foram formados primeiro e depois, pela seleção natural, os eucaliptos se adaptaram à regiões desérticas, secas, de solos rasos, pedregosos, inférteis, encharcados, etc. São espécies de crescimento rápido, com capacidade de adaptação mesmo em solos de baixa fertilidade, como no cerrado brasileiro e savanas da África por exemplo.
Como os cerrados e savanas são regiões planas, sofreram intensa lixiviação por milhões de anos, perdendo sua riqueza mineral para o subsolo ou para as camadas profundas. Os eucaliptos, com suas raízes de crescimento rápido, sugam para suas folhas esses minerais, e com a sua morte e decomposição, enriquecem os solos fazendo a cobertura morta (mulch), evitando a erosão hídrica e eólica, diminuindo a insolação direta e o endurecimento da camada superficial, e também a temperatura ambiente. Por isso, e por uma série de outras vantagens, os eucaliptos são recomendados e fomentados pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), para contenção de dunas, encostas, reflorestamentos em áreas degradadas, pisoteadas, íngremes, solos rasos ou com pouca precipitação ( África Sub-Sahariana por exemplo).
Os grandes plantios homogêneos devem ser intercalados com as Matas Ciliares e Áreas de Reserva Legal (essências nativas), mínimo de 20% em cada propriedade. Visite a Klabin do Paraná, em Telêmaco Borba, a Votorantim Celulose e Papel em Capão Bonito e Luiz Antônio, SP(Engº Antônio Ermírio de Moraes), Votorantim Aço Florestal em Vazante, João Pinheiro e Paracatu (Projeto de Integração Agropecuária – Silvicultura) e Irmãos Meneguetti em São João do Paraíso (MG), e veja o excelente nível silvicultural, geração de empregos e de organização destas empresas brasileiras. Deserto verde? Não, pelo contrário, um jardim perfumado pelo agradável e medicinal aroma da essência do Eucalyptus citriodora por exemplo.
O Brasil tem 3,4 milhões de hectares de eucaliptais, da Amazônia ao Rio Grande do Sul. É uma espécie de rápido crescimento, permitindo 3 colheitas ou cortes rasos em apenas 20-21 anos, com a excepcional produção de até 60st/ha/ano o que chega a ser 6 a 10 vezes mais que os reflorestamentos de pináceas nos países temperados do Norte.
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REGIÃO---ESPÉCIE---PRODUÇÃO---CICLO OU ROTAÇÃO
BR --------Eucaliptos--30 m³/ha/ano-- 7 / 14 / 21 anos
BR(clones)-Eucaliptos--50 ------------- 7 / 14 / 21
Chile ------P. radiata---25 ------------- 20
Escandinávia-P. abies---5 ------------- 60
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Eucaliptos para usos múltiplos – espaçamento 3x3 m – com desrama.
5º e 9º ano – desbastes de 50%.
Árvores adultas, com DAP > 40 cm chegam a produzir 6,5 m³ de madeira e valem R$1.000,00 / unidade em pé no PR (É a bola da vez, a árvore dos frutos de ouro, cheque à vista, com a vantagem adicional de ser uma riqueza ecológica renovável, promovendo o desenvolvimento sustentável e auxiliando a conservação dos recursos naturais). Temos insolação, clima ameno, permitindo crescimento o ano todo, grandes áreas de terras planas e baratas e vamos nos tornar em breve um dos maiores reflorestadores mundiais, especialmente com eucaliptos, queiram ou não os movimentos esquerdistas. Deus nos salve destas pragas, porque das saúvas e incêndios florestais nos livramos nós.
Segundo o Dr. Carlos Young (UFRJ), citado por Celso Ming, Estadão de 16/03/06, o eucalipto não causa prejuízo ambiental maior que o provocado por qualquer outra monocultura como pastagens, café, trigo, soja ou cana. Também, segundo o Engº Agrº Walter Lima, da ESALQ (USP), citado por Agnaldo Brito, Estadão de 26/03/06, o eucalipto não esgota os recursos hídricos. Com o consumo de apenas 5 litros de água/m²/ árvore no verão, e de 1,2 litros no inverno, os eucaliptos seriam facilmente suplantados no consumo d’água pelos reflorestamentos com aroeira, baru, cabreúva, canelas, jacarandá, jacaré, jatobá, jequitibá, ipês, pau-brasil, pau-ferro, vinhático, etc, se plantados na densidade de 1.670 a 2.220 árvores/ha, como normalmente ocorre com os eucaliptos. O problema, se existisse, seria devido a grande quantidade de árvores por hectare, não a espécie em si. As florestas nativas consomem mais água que os eucaliptos:
Cerrado – produção de 1 kg de madeira – 2.500 lt água;
Eucalipto – produção de 1 kg de madeira – 350 lt água;
Cana – produção de 1 kg de açúcar – 500 lt água.
O eucalipto plantado em fileiras duplas, distantes 10 m entre si, pode ser consociado com arroz, açaí, milho, mamona, amendoim, sorgo, trigo, morango, cana, melancia, mandioca, girassol, feijão e braquiária (pastos sombreados ou semi-sombreados – Vazante, MG).
O Prof. Maison da Nóbrega, Estadão de 26/03/06, em magistral artigo sobre “ A Ignorância de Stédile”, o chama de ludita (xiita, atrasado, retrógrado, contrário ao progresso e ao desenvolvimento) e afirma, com a sua responsabilidade de Ex Ministro, que a ideologia e a ignorância continuam a ser más conselheiras dos falsos ambientalistas e do MST.

Patrocínio (MG), set./08
Autorizo a publicação no todo
ou em partes, desde que citado
o autor.
CREA 5.406/D-MG
(34)3832-4406
BRAGARUR@HOTMAIL.COM
Publicado na Folha de Patrocínio, 18/10/08


Informe-nos assuntos de seu interesse: Reforma Agrária Democrática x Comunista, Eucaliptos e MST, Eucaliptos - A Riqueza do Brasil, Patrocinius’ Ecology, Ecologia, Efeito Estufa, Reciclagem, Os “3Rs”, Cultura do Eucalipto, Reflorestamentos, Leucena, Cerrado e Amazônia, O Alto Paranaíba, Poluição do Ar, Biocombustíveis, Terras Devolutas, Transposição do Rio São Francisco, Fronteira Agrícola, Quebrando o Ciclo da Pobreza, CCIR, ITR, ADA, Fusos Horários, Turismo Ecológico, Atestado de Procedência do Café do Cerrado, Doença da Vaca Louca, A Eleição do Papa João Paulo II, Muçulmanos ou Islamitas, PTC – Programa Municipal de Governo, etc. Autorizamos a publicação no todo ou em partes desde que citado o autor.

EUCALIPTOS – A RIQUEZA DO BRASIL

Geraldo R. Braga*

De acordo com o Prof. Furtini Neto, no III Seminário de Silvicultura de Vazante, ago/07 e o Engº Ftal José de Castro Silva, da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em sua excelente palestra “Oportunidades com a Madeira de Eucalipto”, durante o XVI Seminário de Café do Cerrado em Patrocínio, MG, em set/08 os eucaliptos, da família das Mirtáceas, que também inclui goiabas, jabuticabas, pitangas, etc, são nativos ou originários da Austrália, Indonésia, Nova Guiné, Filipinas e Timor, com aproximadamente 700 espécies. Destas, 50 espécies se distribuem pela Índia, Brasil (BR), Chile, Argentina, África do Sul, EUA, Espanha, Madagascar, Portugal, Itália, Marrocos, Israel etc. As espécies mais comuns no Brasil são o grandis, urophylla, urograndis, citriodora (eucalipto-cheiroso), camaldulensis, etc. Indicação de algumas espécies para:
Mobiliário – grandis, saligna, urophylla e urograndis;
Energia – grandis, citriodora, camaldulensis e urophylla;
Estruturas/construções – urophylla, camaldulensis, etc.
Atingem até 80 m de altura, vivem até 1000 anos e chegam a produzir toros de mais de 200 cm conforme constatamos na margem direita do Murrey River, Echuca, Estado de Victoria, Austrália.
Os eucaliptos são as árvores mais plantadas no mundo – 17,8 milhões de hectares (ha). Primeiro país – Índia – com 8 milhões de ha – baixa produtividade. BR – 2º país em área plantada – 3,4 milhões de ha – cultivos intensivos, florestas clonais, alta produtividade, alcançando de 45 a 60 esteres/ha/ano ou numa estimativa conservadora, 35 st/ha/ano.
Os eucaliptos representam 65% da área de florestas plantadas no BR. Principais estados reflorestadores – MG – 1,054 milhões de ha (31%), SP – 799 mil ha (23%) e BA – 527 mil ha (15%), em 2006. O BR refloresta apenas 435 mil ha/ano e a China Comunista (PRC) 5 milhões de ha (12,5 vezes mais). O BR colhe 550 mil/ha, portanto o déficit atual é de 115 mil ha/ano e está crescendo (apagão florestal). O total reflorestado no BR é de apenas 5.345 mil ha, com 3.408 mil ha de eucaliptos, 1.835 mil ha de Pinus e 102 mil ha de outras espécies.
Principais usos – celulose e papel – 70%, carvão (siderurgia) – 25%. O BR tem 32 fábricas de celulose e ainda um consumo bastante
________________
*Engº Agrº Reflorestador, Economista Rural (MS)


baixo de papel “per capita”, apenas 42 kg/ano em comparação com os
EE.UU. – 320 kg/ano. A CENIBRA consome 700 carretas de eucaliptos/dia e a Aracruz (ES) 25.000 m³/dia. MG tem 118 alto-fornos siderúrgicos, mais da metade usando carvão ilegal, de florestas nativas, especialmente o cerrado. Carvão do Paraguai está sendo exportado para Sete Lagoas, MG. Madeiras da Argentina, Uruguai e Bolívia estão sendo exportadas para SC e SP. A Amazônia brasileira produz 90% da madeira nativa do BR, sendo 87% consumida internamente. A exploração predatória é de 96%, 4% bom manejo e zero% de forma ideal.
Renda gerada pelos eucaliptos – U$ 21 bilhões, exportações U$ 7,5 bilhões (em 2005).
Vantagens dos eucaliptos – rápido crescimento, permitindo até 3 cortes ou colheitas à partir do 5º ano, alta capacidade produtiva, facilidade de aclimatação, usos múltiplos – celulose, papel, energia ( carvão, lenha), madeira para móveis, casas, pisos, postes, mourões, aglomerados, chapas de fibras, essências,etc.
Geração de empregos (investimento de R$ 1 milhão) – setor automotivo – gera 85 empregos, construção civil – 111, comércio – 149 e silvicultura – 160 empregos.
Geração de empregos diretos em 1000 ha – pecuária de corte – 7 e eucaliptos – 50 empregos.


Número de Empregos Diretos e Indiretos de Florestas
Plantadas em 2005

Discriminação Diretos Indiretos
Florestas plantadas 233.900 917.000
Indústrias florestais 442.100 738.600
TOTAL 676.000 1.655.600

Contribuição à Balança de Pagamentos – Exportação – 2003

Complexo soja U$ 8,1 bilhões
Produtos florestais U$ 5,5 bilhões
Complexo carnes U$ 4,0 bilhões
Couros e peles U$ 2,5 bilhões
Açúcar e álcool U$ 2,4 bilhões

Os produtos florestais representam 17,8% do agronegócio e 7,4% das nossas exportações.
Segundo a ABRAF, ABTCP, BRACELPA e SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura, o setor brasileiro de celulose e papel gera mais de 100.000 empregos diretos, recolheu R$2 bilhões em impostos em 2005 e deverá fazer investimentos superiores a US$ 14 bilhões no período 2003 a 2012.
O agronegócio é o sustentáculo de nossa balança comercial. Você, caro leitor, está vestido, alimentou-se e bebeu hoje? Agradeça aos fazendeiros e ao agronegócio, não ao MST, que nada produz.
O Latifúndio Produtivo, Grande Propriedade Produtiva ou Empresa Rural (Plantation ou Plantación), é que produz bem, com técnicas ecologicamente corretas, com respeito aos recursos naturais renováveis, barato e em grande quantidade para abastecer o mercado interno e exportação, não a agricultura de cabo de enxada, de fundo de quintal, do tempo da República dos Estados Unidos do Brazil. Os incentivos fiscais ao reflorestamento, ao tempo da tão boa e oportuna Lei 5.106/66 e DL. 1134/70 geraram muitos empregos, fixaram a mão-de –obra desqualificada no meio rural e seus bons resultados são sentidos até hoje (o jornal, livro ou revista que você está lendo certamente é feito de eucalipto, você sabia?).
O que sabem os falsos ecologistas e os “Stédiles e MSTs” da vida, massa de manobra analfabeta, despreparada, sem experiência, sobre genoma, genótipo, genética, transgenia, OGMs, biotecnologia, clonagem, céculas tronco, agroecologia, bioma, hibridação, seleção natural, agronegócio, recursos naturais renováveis, efeito estufa, ciclo do carbono e nitrogênio, relação C:N, micorrizas, solos álicos, distróficos e eutróficos, seqüestro de carbono, Rerum Novarum, Protocolo de Kyoto, APP, ARL, APA, RPPN, CTF, ADA, ARIE, EIA-RIMA, evolução (the struggle for life), Darvinismo, The Great Step Forward, The New Deal, Cedant a arma togae, Déclaration des Droits de l’ Homme et du Citoyen, mata ciliar, GPS, georreferenciamento, reflorestamento, eucaliptocultura, etc? Por que acham que tem o direito de arrancar, quebrar, cortar, queimar e destruir viveiros, estações de pesquisas e plantações de eucaliptos? Só por que o eucalipto é essência exótica ou estrangeira? A Rev. Veja, Ed. 2062, cita várias condições que fazem do BR um país do 1º e 3º mundo ao mesmo tempo, por exemplo: produtividade da terra (1º mundo) X invasão de terras (3º mundo), produtividade rural X devastação ambiental, motor bicombustível X poluição, Embrapa X Via Campesina (braço armado mais violento do MST internacional).
Em relação aos eucaliptos, as árvores dos frutos de ouro, nada se perde, tudo se aproveita, inclusive a essência (citronelal).Imitando Kalil Gibran dizemos que os eucaliptos são um poema que a terra escreve para o céu. Com aproximadamente 700 espécies, inclusive híbridos, o eucalipto, se adaptou perfeitamente bem no Brasil, em todos as latitudes e longitudes (Graças a Deus e não ao MST).
Com nosso conhecimento de 42 países nos 6 continentes, prática e responsabilidade de 40 anos como Engº Agrº Reflorestador, com 50 milhões de árvores especialmente eucaliptos, pinheiros, essências nativas, frutíferas, de arborização e ornamentais plantadas, cultivadas, manejadas, colhidas e exportadas, desde o Norte de Minas até o Litoral Sul de Santa Catarina, afirmamos que florestas homogêneas de eucaliptos não são um crime ambiental como querem pseudo-ecologistas (crime ambiental são as favelas rurais nas matas ciliares, destruição das nascentes e poluição dos mananciais de água, incêndios nos pastos e canaviais, destruição de viveiros florestais e estações de pesquisas agropecuárias, derrubadas de reflorestamentos, destruição das matas ciliares e desmatamento nos assentamentos do INCRA e invasões do MST, a Operação OPTei na Amazônia Legal etc). Plantações de acácias (leguminosas enriquecem o solo, fixando o nitrogênio atmosférico em suas raízes), eucaliptos e Pinus não destroem a biodiversidade, não deterioram os solos, não secam os rios. Tivessem um mínimo de educação ambiental, esses falsos ecologistas saberiam que esses mitos não tem nenhum fundamento científico. Também deveriam visitar o melhor museu do eucalipto do mundo. Onde? Austrália? Não, no Horto Florestal Navarro de Andrade em Rio Claro, SP, orgulho da nossa avançada silvicultura. Veja também os exuberantes eucaliptos centenários, plantados pelo saudoso Engº Agrº Edmundo Navarro de Andrade, pai de nossa eucaliptocultura, em 1903/1904.
Na Austrália, pátria dos eucaliptos, onde estivemos estudando sua ecologia e utilização florestal nos Estados de New South Wales, Canberra (ACT) e Victoria, esta mirtácea é a espécie predominante com ocorrência inclusive nos desertos. Praticamente é a única madeira utilizada em todo o país, por exemplo no ancoradouro do grande porto de Sydney. Há ocorrência de inúmeros animais nos eucaliptais, basta citar os símbolos da Austrália, os koalas (só se alimentam de folhas de eucaliptos), os cangurus, e os emus (aves pernaltas semelhantes a nossa ema) , diversas aves como pode ser visto em Sydney, Melbourne, Echuca, Moama, Wagga Wagga, Canberra, etc. As matas ciliares em Echuca e Moama (margens direita e esquerda do Murray River), são formadas com aproximadamente 95% de eucaliptos. Para quem quiser ver, o rio está lá (não está seco), sendo usado até hoje para a navegação turística. Junto ao Centro de Informações Turísticas há alguns exemplares lindíssimos, mais velhos que o BR, com diâmetros de até 200 cm. É a região do melhor E.camaldulensis, de madeira dura semelhante ao nosso jacarandá-da-bahia, usado para móveis finos, cutelaria, artesanato, etc.
Em reunião com os reflorestadores no Jardim Botânico de Canberra (Australian Capital Territory), eles ficaram admirados e demostraram grande interesse em visitar o BR ao saber de nosso adiantado nível tecnológico em eucaliptocultura, alta produtividade e grandes projetos de plantios anuais.
Surpreendentemente os eucaliptos tem raízes curtas, bem rasas. Conforme resultados de pesquisa na UFV, um pé de eucalipto de 30 m de altura tem em média apenas 1,5 m de profundidade das raízes. No espaçamento de 3x4 m as raízes são mais rasas (menor competição) e no espaçamento de 3x2 m mais profundas (2,5 m). Como as raízes dos eucaliptos crescem rápido, tem a capacidade de se aprofundarem rapidamente no solo à procura de água, e, assim sobreviverem no período crítico de 3 a 4 meses após o plantio. Veja porque se adaptaram tão bem aos cerrados brasileiros, savanas na África do Sul, solos fracos e rasos na Espanha, Portugal, Peru, Chile, Bolívia, etc.
Os eucaliptos causam desertos? Não, os desertos foram formados primeiro e depois, pela seleção natural, os eucaliptos se adaptaram à regiões desérticas, secas, de solos rasos, pedregosos, inférteis, encharcados, etc. São espécies de crescimento rápido, com capacidade de adaptação mesmo em solos de baixa fertilidade, como no cerrado brasileiro e savanas da África por exemplo.
Como os cerrados e savanas são regiões planas, sofreram intensa lixiviação por milhões de anos, perdendo sua riqueza mineral para o subsolo ou para as camadas profundas. Os eucaliptos, com suas raízes de crescimento rápido, sugam para suas folhas esses minerais, e com a sua morte e decomposição, enriquecem os solos fazendo a cobertura morta (mulch), evitando a erosão hídrica e eólica, diminuindo a insolação direta e o endurecimento da camada superficial, e também a temperatura ambiente. Por isso, e por uma série de outras vantagens, os eucaliptos são recomendados e fomentados pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), para contenção de dunas, encostas, reflorestamentos em áreas degradadas, pisoteadas, íngremes, solos rasos ou com pouca precipitação ( África Sub-Sahariana por exemplo).
Os grandes plantios homogêneos devem ser intercalados com as Matas Ciliares e Áreas de Reserva Legal (essências nativas), mínimo de 20% em cada propriedade. Visite a Klabin do Paraná, em Telêmaco Borba, a Votorantim Celulose e Papel em Capão Bonito e Luiz Antônio, SP(Engº Antônio Ermírio de Moraes), Votorantim Aço Florestal em Vazante, João Pinheiro e Paracatu (Projeto de Integração Agropecuária – Silvicultura) e Irmãos Meneguetti em São João do Paraíso (MG), e veja o excelente nível silvicultural, geração de empregos e de organização destas empresas brasileiras. Deserto verde? Não, pelo contrário, um jardim perfumado pelo agradável e medicinal aroma da essência do Eucalyptus citriodora por exemplo.
O Brasil tem 3,4 milhões de hectares de eucaliptais, da Amazônia ao Rio Grande do Sul. É uma espécie de rápido crescimento, permitindo 3 colheitas ou cortes rasos em apenas 20-21 anos, com a excepcional produção de até 60st/ha/ano o que chega a ser 6 a 10 vezes mais que os reflorestamentos de pináceas nos países temperados do Norte.
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REGIÃO ESPÉCIE PRODUÇÃO CICLO OU ROTAÇÃO
BR Eucaliptos 30 m³/ha/ano 7 / 14 / 21 anos
BR(clones) Eucaliptos 50 7 / 14 / 21
Chile P. radiata 25 20
Escandinávia P. abies 5 60


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Eucaliptos para usos múltiplos – espaçamento 3x3 m – com desrama.
5º e 9º ano – desbastes de 50%.
Árvores adultas, com DAP > 40 cm chegam a produzir 6,5 m³ de madeira e valem R$1.000,00 / unidade em pé no PR (É a bola da vez, a árvore dos frutos de ouro, cheque à vista, com a vantagem adicional de ser uma riqueza ecológica renovável, promovendo o desenvolvimento sustentável e auxiliando a conservação dos recursos naturais). Temos insolação, clima ameno, permitindo crescimento o ano todo, grandes áreas de terras planas e baratas e vamos nos tornar em breve um dos maiores reflorestadores mundiais, especialmente com eucaliptos, queiram ou não os movimentos esquerdistas. Deus nos salve destas pragas, porque das saúvas e incêndios florestais nos livramos nós.
Segundo o Dr. Carlos Young (UFRJ), citado por Celso Ming, Estadão de 16/03/06, o eucalipto não causa prejuízo ambiental maior que o provocado por qualquer outra monocultura como pastagens, café, trigo, soja ou cana. Também, segundo o Engº Agrº Walter Lima, da ESALQ (USP), citado por Agnaldo Brito, Estadão de 26/03/06, o eucalipto não esgota os recursos hídricos. Com o consumo de apenas 5 litros de água/m²/ árvore no verão, e de 1,2 litros no inverno, os eucaliptos seriam facilmente suplantados no consumo d’água pelos reflorestamentos com aroeira, baru, cabreúva, canelas, jacarandá, jacaré, jatobá, jequitibá, ipês, pau-brasil, pau-ferro, vinhático, etc, se plantados na densidade de 1.670 a 2.220 árvores/ha, como normalmente ocorre com os eucaliptos. O problema, se existisse, seria devido a grande quantidade de árvores por hectare, não a espécie em si. As florestas nativas consomem mais água que os eucaliptos:
Cerrado – produção de 1 kg de madeira – 2.500 lt água;
Eucalipto – produção de 1 kg de madeira – 350 lt água;
Cana – produção de 1 kg de açúcar – 500 lt água.
O eucalipto plantado em fileiras duplas, distantes 10 m entre si, pode ser consociado com arroz, açaí, milho, mamona, amendoim, sorgo, trigo, morango, cana, melancia, mandioca, girassol, feijão e braquiária (pastos sombreados ou semi-sombreados – Vazante, MG).
O Prof. Maison da Nóbrega, Estadão de 26/03/06, em magistral artigo sobre “ A Ignorância de Stédile”, o chama de ludita (xiita, atrasado, retrógrado, contrário ao progresso e ao desenvolvimento) e afirma, com a sua responsabilidade de Ex Ministro, que a ideologia e a ignorância continuam a ser más conselheiras dos falsos ambientalistas e do MST.

Patrocínio (MG), set./08
CREA 5.406/D-MG
Autorizo a publicação no todo (34)3832-4406
ou em partes, desde que citado BRAGARUR@HOTMAIL.COM
o autor.

Publicado na Folha de Patrocínio, 18/10/08



Informe-nos assuntos de seu interesse: Reforma Agrária Democrática x Comunista, Eucaliptos e MST, Eucaliptos - A Riqueza do Brasil, Patrocinius’ Ecology, Ecologia, Efeito Estufa, Reciclagem, Os “3Rs”, Cultura do Eucalipto, Reflorestamentos, Leucena, Cerrado e Amazônia, O Alto Paranaíba, Poluição do Ar, Biocombustíveis, Terras Devolutas, Transposição do Rio São Francisco, Fronteira Agrícola, Quebrando o Ciclo da Pobreza, CCIR, ITR, ADA, Fusos Horários, Turismo Ecológico, Atestado de Procedência do Café do Cerrado, Doença da Vaca Louca, A Eleição do Papa João Paulo II, Muçulmanos ou Islamitas, PTC – Programa Municipal de Governo, etc. Autorizamos a publicação no todo ou em partes desde que citado o autor.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

REFORMA AGRÁRIA DEMOCRÁTICA II

Geraldo R. Braga*

Como a Reforma Agrária intentada pelo MST, CUT, CPT e a linha esquerdista mais radical da Teologia da Libertação é atéia, anti-cristã, comunista, ditatorial e só traz “sangue, suor e lágrimas” ao lado da fome (veja a realidade da União Soviética e da Cortina de Ferro, da China Comunista, Korea do Norte, Albânia, África Comunista e Cuba por exemplo), apresento a seguir informações úteis aos nossos leitores.
Nós, cristãos e democratas, devemos olhar para o sucesso, a fartura e a riqueza por exemplo do Japão, Alemanha, Itália, Estados Unidos etc, que fizeram a Reforma Agrária Democrática e batalhar por uma reforma agrária semelhante e que dê prioridade a quem realmente precisa e conhece o campo “os pequenos agricultores com terra”, da agricultura familiar.
Não se faz reforma agrária em Latifúndios Produtivos (Plantations ou Plantaciones), Empresas Rurais e Terras Produtivas justamente porque são produtivas. A maioria dos Latifúndios Improdutivos é do governo (Terra Devolutas). O governo que tentar fazer a reforma agrária em terras produtivas, vai quebrar todo o ciclo produtivo do nosso milagroso Agronegócio que realmente produz muito bem e barato, abastecendo o mercado interno, segurando a inflação e gerando bens exportáveis que engordam nossas reservas internacionais. O risco Brasil esta baixo não é porque o Governo Petista fez alguma coisa, e sim devido a eficiência principalmente do Agronegócio (Âncora Verde). O atual governo esquerdista faz uma reforma agrária caríssima, ao contrário, sem resultados, financiando a quem não precisa, não quer e não tem competência para cuidar da terra. O MST quer é financiamentos a custo zero (fundo perdido), cestas básicas, invadir e tumultuar o meio rural para a tomada revolucionária e sangrenta do poder. A maioria das pessoas não sabe que no comunismo os proletários são escravos do poder central (Nomenklatura). Reforma agrária não é questão de consciência, mas questão de competência e deve ser feita com uma equipe técnica prática e multidisciplinar.
A R.A.Democrática foi iniciada no BR no Governo FHC, com o Plano Real. Com o congelamento dos preços da terra e o ITR progressivo, os proprietários estão sendo estimulados a venderem, dividirem, arrendarem suas glebas ou torná-las produtivas, pois com um grau de utilização maior paga-se menos imposto anualmente. É a verdadeira R.A,mansa,pacífica, dentro da legalidade e que traz progresso ao Agronegócio e ao BR.
O MST é muito xiita ou xenófobo condenando os eucaliptos só porque são plantas exóticas ou estrangeiras. Também são exóticos o café, cana, milho, trigo, arroz, soja, feijões e outras leguminosas, batatinha, tomates e outras Solanáceas, verduras, acerola ou cereja-das-antilhas, Pinus em geral, leucena, citros, coco-da-bahia, cacau, abacates, mangas, bananas, maçãs, peras, uvas, braquiárias, capim-gordura ou meloso, os bovinos, suínos, eqüinos, muares, caprinos, ovinos e aves comercias em geral .

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*Eng º Agrº (MS) e Técnico em Transações Imobiliárias.


Publicado Jornal Mais Um – 01/set/07

REFORMA AGRÁRIA DEMOCRÁTICA

Geraldo R. Braga*

Como a Reforma Agrária intentada pelo MST, CUT, CPT e Dom Tomás Balduíno é atéia, anti-cristã, comunista, ditatorial e só traz “sangue, suor e lágrimas” ao lado da fome (veja a realidade da União Soviética e da Cortina de Ferro, da China Comunista, Korea do Norte, Albânia, África Comunista e Cuba por exemplo), apresento modestamente, em anexo, minha simples contribuição “Reforma Agrária e MST” esperando que possa ser útil aos nossos leitores.
É muito bonito ficar falando em pobreza quando os outros é que são pobres. Nós, cristãos e democratas, devemos olhar para o sucesso, a fartura e a riqueza por exemplo do Japão, Alemanha, Itália, Estados Unidos etc, que fizeram a Reforma Agrária Democrática e batalhar por uma reforma agrária semelhante e que dê prioridade a quem realmente precisa e conhece o campo “os pequenos agricultores com terra”, da agricultura familiar.
Também é preciso dizer bem claro que não se faz reforma agrária em Latifúndios Produtivos (Plantations ou Plantaciones), Empresas Rurais e Terras Produtivas justamente porque são produtivas. A maioria dos Latifúndios Improdutivos é do governo (Terra Devolutas). O governo que tentar fazer a reforma agrária em terras produtivas, vai quebrar todo o ciclo produtivo do nosso mila- groso Agronegócio que realmente produz muito bem e barato, abas-

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*Engº Agrº, MS e Técnico em Transações Imobiliárias

tecendo o mercado interno, segurando a inflação e gerando bens exportáveis que engordam nossas reservas internacionais. O risco Brasil está baixo não é porque o Governo Petista fez alguma coisa, e sim devido a eficiência principalmente do Agronegócio(Âncora Verde). O atual governo esquerdista faz uma reforma agrária caríssima, ao contrário, sem resultados, financiando a quem não precisa, não quer e não tem competência para cuidar da terra. O MST quer é financiamentos a custo zero (fundo perdido), cestas básicas, invadir e tumultuar o meio rural para a tomada revolucionária e sangrenta do poder. A maioria das pessoas não sabe que no comunismo os proletários são escravos do poder central (Nomenklatura). Reforma agrária não é questão de consciência, mas questão de competência e deve ser feita com uma equipe técnica prática e multidisciplinar.
Sobre monocultura, tenho à disposição o artigo “Eucaliptos e MST”, que mostra o que esta maravilhosa Mirtácea, a árvore de 1001 utilidades, ou dos frutos de ouro, tem feito pelo Brasil e pelo mundo. As árvores em geral, e os eucaliptos em especial, são realmente uma benção de Deus e “um poema que a terra envia aos céus” no dizer de Khalil Gibran, conhecido escritor e poeta libanês.
É ser muito xiita ou xenófobo querer condenar os eucaliptos só porque são plantas exóticas ou estrangeiras. Também são exóticos o café, cana, milho, trigo, arroz, soja, feijões e outras leguminosas, batatinha, tomates e outras Solanáceas, verduras, acerola ou cereja-das-antilhas, Pinus em geral, leucena, citros, coco-da-bahia, cacau, abacates, mangas, bananas, maçãs, peras, uvas, braquiárias, capim-gordura ou meloso, os bovinos, suínos, eqüinos, muares, caprinos, ovinos e aves em geral etc.
Se o MST for plantar e comer só o que é nativo do Brasil, vai ter que se contentar somente com a mandioca, a erva-mate e poucos outros produtos, voltando a viver no século XV como nossos antepassados ameríndios.
São Paulo-SP, 07

ARINOS ECOLOGIA

Geraldo R. Braga*

Sombreamento e Cobertura do Solo - de acordo com o Prof. Samuel Branco - O Desafio Amazônico, 16ª Ed., Coleção Polêmica, pág. 53, a eliminação da sombra faz com que haja um excessivo aumento da temperatura dos solos. Esse aumento causa não só a rápida destruição do húmus e da flora de fungos e de outros microorganismos que são indispensáveis à fertilização do solo, como pode aumentar muito a evaporação direta, causando a subida, por capilaridade, da umidade das regiões mais profundas do solo, carregados de sais de ferro em solução. Esses sais de ferro, ao secarem, se depositam, originando o fenômeno de laterização ou formação de verdadeiros “ladrilhos”, impermeáveis, de terra aglutinada por sais de ferro.
A impermeabilização causada seja pela laterização, seja pela perda de húmus (que é o elemento gelatinoso formador de grumus que dão ao solo uma textura mais “arejada”), faz com que haja redução da infiltração da água, com significativa elevação da parcela que escorre na forma de escoamento superficial. O aumento dessas águas de enxurradas se traduz, por outro lado, em aumento do transporte de solo arenoso para as regiões mais baixas e para os cursos d’água, formando grandes depósitos de areia branca, os areais, e entulhando ou assoreando os rios. Essa desagregação e transporte de solo é facilitada, por um lado pela ausência de árvores que interceptam as gotas de chuva, diminuindo o impacto explosivo das gotas sobre o chão; por outro lado, pela própria ausência de húmus, material gelatinoso que normalmente retém os grãos de areia, dificultando seu deslocamento.
Em vista do exposto se vê a importância da cobertura viva ou morta e sombreamento de solo. No período das chuvas deixar o “mato” crescer na Av. Aristóteles Fernando Valadares podendo ser roçado mecanicamente, mas deixando-o sobre o solo, evitando erosão hídrica. No período seco, as árvores poderão ser coroadas ou capinadas até a sua saia, também deixando a cobertura morta no próprio local.
Para a infiltração das águas de chuva no solo, esclarecer a população arinense para não calçar os quintais e mantê-los sempre plantados, _______________
*Engº. Agr°. (MS) e Técnico em Transações Imobiliárias
especialmente com árvores frutíferas ou de sombra. Também evitar as queimadas (poluição) e aproveitar todos os restos orgânicos para fazer composto ou adubo orgânico.
Parabenizo ao Posto Vitória e aos formadores do bosque de nativas atrás da rodoviária. Certamente os estudantes de Arinos vão cuidar muito bem destes arboretos mantendo-os limpos e bem conservados (locais para passeios e entretenimentos). Também merecem ser visitados e fotografados o viveiro florestal nos fundos do Fórum e o viveiro do IEF na saída para o campo de aviação.

Poda de Árvores - Arinos é muito quente e a poda das árvores nas avenidas e ruas está sendo feita muito drástica, acabando com as poucas sombras existentes. Uma poda de limpeza ou formação, mais baixa, seria bem melhor. Os Engº. Florestais/agrônomos e Técnicos Agrícolas do município poderiam orientar tecnicamente esses serviços. As árvores nativas do cerrado, existentes na praça da matriz, foram totalmente derrubadas, como se fossem inimigas. Onde se encontravam os amigos da natureza e ecologistas de Arinos? Como exemplo de cidades com boa arborização e sombreamento cito Beijing (Capital da China Comunista), Canberra (Australian Capital Territory), Budapeste (Hungria), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Curvelo (MG) e CWI-PR (the brazilian ecological capital). Santa Cruz de la Sierra, a mais rica e dinâmica capital da Bolívia, está com um crescimento explosivo, e sua expansão urbana já está no 4º anillo (anel), mas a vegetação nativa (árvores dominantes), é mantida em todos os lugares, dando exemplo a Arinos e ao Brasil.

Grafia de Nomes Científicos- a língua oficial para nomes científicos é o latim, sendo o gênero e a espécie sublinhados por traços separados ou escritos em itálico. Por exemplo Homo sapiens (a espécie humana atual). A primeira letra da espécie é em minúscula. Por exemplo H. sapiens. No caso de espécie indeterminada escrever sp, no singular, sem sublinhar. Por exemplo Phaseolus sp (feijoeiro comum). Os nomes vulgares, compostos, deverão ser ligados por hifem, exemplo, ipê-roxo: Tabebuia impetiginosa Mart., eucalípto-citriodora ou eucalipto-cheiroso: Eucalyptus citriodora Hook. Os nomes comuns variam de região para região. Os ipês-amarelos são conhecidos na Bolívia como “los tajibos”, nome do mais famoso hotel-cassino da Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra. O pau-ferro é o Iron-wood, no Estado de Victoria, Austrália. Em todo o mundo é o famoso Caesalpinea ferrea Mart. O pau-brasil ou Brazilian wood é a Caesalpinea echinata Lam. A cássia-imperial ou chuva-de-ouro é a Cassia fistula L.

Árvores Imunes de Corte ou Derrubada- árvores raras ou de excepcional beleza ou de valor histórico poderão ser declaradas imunes de corte, pelo legislativo municipal, de acordo com a legislação do IBAMA. A gameleira ou figueira (Ficus sp-Moracea) e o jatobá (Hymenaea stilbocarpa Hayne), junto à margem do Rio Urucuia, na antiga travessia da balsa poderiam ser declarado imunes de corte. Apesar de estar com o caule muito estragado pela população, o pau-óleo ou óleo-de-copaíba (Copaifera langsdorffii Desv.), no final da Rua Minas Gerais, próximo a Estação de Tratamento de Esgotos, também poderia ser incluído na proteção da lei. Idem o araribá em frente ao Hospital Nª. Srª. Aparecida, próximo à Estação Meteorológica. Exemplos de árvores já protegidas: um belíssimo exemplar de latifoliada (evergreen), plantado pelo Imperador da China na Shaman Island (ilha central de Cantão), por volta do ano de 1.500. Uma velha figueira-branca (Ficus sp), na antiga Freguesia de Sant’Ana da Paraíba Nova, atual Areias,SP, onde em 17/ago/1822 passou o Príncipe Regente Dom Pedro I e sua comitiva rumo ao Ipiranga, em sua histórica viagem da independência do Brasil.

Áreas de Preservação Permanente (APP) - “Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas”.
Em Arinos as APP se localizam:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, cuja faixa de vegetação terá uma largura, para cada margem, de:
30m (trinta metros) para cursos d’água com menos de 10m (dez metros) de largura. É o caso da Vereda da Vaca em cuja barra ou foz se deu a fundação do povoado e da vila, atual cidade de Arinos.
50m (cinqüenta metros) para cursos d’água que tenham uma largura entre 10 e 50m. Caso do Rio Urucuia, do famoso escritor mineiro Guimarães Rosa. Arinos situa-se à margem esquerda do Urucuia e a APP está sendo invadida por casas de pescadores e de recreio.
b) Ao redor das lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais: (represa do bairro Crispim).
c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos olhos d’água – raio mínimo de 50m de largura; caso da nascente da Vereda da Vaca, atualmente ocupada por pastagens (gado de leite).
d) No topo dos morros, montes, montanhas e serras;
e) Nas encostas ou parte destas com declividade acima de 45°,
correspondente à pelo menos 100% de declividade na linha de maior declive.
A comunidade, especialmente da Vila da Igrejinha, deveria lutar para a conservação das APP no Ribeirão de Areia, nos Córregos Santa Maria, Extrema, do Menino, da Onça, Caçador, Morrinhos, Garimpeiro, Galho Preto e Invernada e nas inúmeras veredas da Fazenda do Menino. Também é hora de se pensar na formação de um Parque Estadual ou Área de Relevante Interesse Ecológico ou APA (Área de Preservação Ambiental) nas nascentes do Ribeirão de Areia, nas divisas com os municípios de Chapada Gaúcha e Urucuia.
A utilização das APP depende sempre de autorização prévia do IEF e sua exploração constitui crime ambiental.

Reserva Legal (RL) - “Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”.
Em MG a RL é de no mínimo 20% da área total da gleba, excluída as APP. Deve ser feita em glebas a partir de 100 ha (cem hectares). Processo bom, útil, necessário e que também reduz bastante o ITR (Imposto Territorial Rural) a ser pago anualmente.
A área de RL deve ser averbada à margem da matrícula no CRI, sendo vedada a alteração de sua destinação nos casos de transmissão, a qualquer título. É um processo bastante burocrático, caro, demorado e difícil. As autoridades do setor ecológico/ambiental deveriam simplificar bastante o processo tornando- o menos burocrático, mais simples, mais rápido, com menos documentos e declarações. Para que exigir declaração do Sindicado Rural em processos de R.L.? Também para que concordância dos vizinhos em pedidos de desmatamento do IEF? Porque um processo que pode ser feito em uma ou duas semanas demora de seis a doze meses ou mais? Consulte-nos para processos de RL inclusive em glebas de posses ou terras devolutas.
Nas áreas de RL não é permitido o corte raso e a exploração com fins comerciais. A vegetação não pode ser suprimida, podendo ser utilizada sob o regime de manejo florestal sustentável, à critério do IEF.
O Sr. Júlio Barbosa vem aplicando esses conhecimentos em nossas fazendas Santo Expedito e Córrego da Onça no Distrito da Igrejinha, em Arinos-MG.


Autorizo a publicação e divulgação.


Patrocínio, ago/07

ARINOS ECOLOGIA


Geraldo R. Braga*

Sombreamento e Cobertura do Solo - de acordo com o Prof. Samuel Branco - O Desafio Amazônico, 16ª Ed., Coleção Polêmica, pág. 53, a eliminação da sombra faz com que haja um excessivo aumento da temperatura dos solos. Esse aumento causa não só a rápida destruição do húmus e da flora de fungos e de outros microorganismos que são indispensáveis à fertilização do solo, como pode aumentar muito a evaporação direta, causando a subida, por capilaridade, da umidade das regiões mais profundas do solo, carregados de sais de ferro em solução. Esses sais de ferro, ao secarem, se depositam, originando o fenômeno de laterização ou formação de verdadeiros “ladrilhos”, impermeáveis, de terra aglutinada por sais de ferro.
A impermeabilização causada seja pela laterização, seja pela perda de húmus (que é o elemento gelatinoso formador de grumus que dão ao solo uma textura mais “arejada”), faz com que haja redução da infiltração da água, com significativa elevação da parcela que escorre na forma de escoamento superficial. O aumento dessas águas de enxurradas se traduz, por outro lado, em aumento do transporte de solo arenoso para as regiões mais baixas e para os cursos d’água, formando grandes depósitos de areia branca, os areais, e entulhando ou assoreando os rios. Essa desagregação e transporte de solo é facilitada, por um lado pela ausência de árvores que interceptam as gotas de chuva, diminuindo o impacto explosivo das gotas sobre o chão; por outro lado, pela própria ausência de húmus, material gelatinoso que normalmente retém os grãos de areia, dificultando seu deslocamento.
Em vista do exposto se vê a importância da cobertura viva ou morta e sombreamento de solo. No período das chuvas deixar o “mato” crescer na Av. Aristóteles Fernando Valadares podendo ser roçado mecanicamente, mas deixando-o sobre o solo, evitando erosão hídrica. No período seco, as árvores poderão ser coroadas ou capinadas até a sua saia, também deixando a cobertura morta no próprio local.
Para a infiltração das águas de chuva no solo, esclarecer a população arinense para não calçar os quintais e mantê-los sempre plantados, _______________
*Engº. Agr°. (MS) e Técnico em Transações Imobiliárias
especialmente com árvores frutíferas ou de sombra. Também evitar as queimadas (poluição) e aproveitar todos os restos orgânicos para fazer composto ou adubo orgânico.
Parabenizo ao Posto Vitória e aos formadores do bosque de nativas atrás da rodoviária. Certamente os estudantes de Arinos vão cuidar muito bem destes arboretos mantendo-os limpos e bem conservados (locais para passeios e entretenimentos). Também merecem ser visitados e fotografados o viveiro florestal nos fundos do Fórum e o viveiro do IEF na saída para o campo de aviação.

Poda de Árvores - Arinos é muito quente e a poda das árvores nas avenidas e ruas está sendo feita muito drástica, acabando com as poucas sombras existentes. Uma poda de limpeza ou formação, mais baixa, seria bem melhor. Os Engº. Florestais/agrônomos e Técnicos Agrícolas do município poderiam orientar tecnicamente esses serviços. As árvores nativas do cerrado, existentes na praça da matriz, foram totalmente derrubadas, como se fossem inimigas. Onde se encontravam os amigos da natureza e ecologistas de Arinos? Como exemplo de cidades com boa arborização e sombreamento cito Beijing (Capital da China Comunista), Canberra (Australian Capital Territory), Budapeste (Hungria), Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), Curvelo (MG) e CWI-PR (the brazilian ecological capital). Santa Cruz de la Sierra, a mais rica e dinâmica capital da Bolívia, está com um crescimento explosivo, e sua expansão urbana já está no 4º anillo (anel), mas a vegetação nativa (árvores dominantes), é mantida em todos os lugares, dando exemplo a Arinos e ao Brasil.

Grafia de Nomes Científicos- a língua oficial para nomes científicos é o latim, sendo o gênero e a espécie sublinhados por traços separados ou escritos em itálico. Por exemplo Homo sapiens (a espécie humana atual). A primeira letra da espécie é em minúscula. Por exemplo H. sapiens. No caso de espécie indeterminada escrever sp, no singular, sem sublinhar. Por exemplo Phaseolus sp (feijoeiro comum). Os nomes vulgares, compostos, deverão ser ligados por hifem, exemplo, ipê-roxo: Tabebuia impetiginosa Mart., eucalípto-citriodora ou eucalipto-cheiroso: Eucalyptus citriodora Hook. Os nomes comuns variam de região para região. Os ipês-amarelos são conhecidos na Bolívia como “los tajibos”, nome do mais famoso hotel-cassino da Bolívia, em Santa Cruz de la Sierra. O pau-ferro é o Iron-wood, no Estado de Victoria, Austrália. Em todo o mundo é o famoso Caesalpinea ferrea Mart. O pau-brasil ou Brazilian wood é a Caesalpinea echinata Lam. A cássia-imperial ou chuva-de-ouro é a Cassia fistula L.

Árvores Imunes de Corte ou Derrubada- árvores raras ou de excepcional beleza ou de valor histórico poderão ser declaradas imunes de corte, pelo legislativo municipal, de acordo com a legislação do IBAMA. A gameleira ou figueira (Ficus sp-Moracea) e o jatobá (Hymenaea stilbocarpa Hayne), junto à margem do Rio Urucuia, na antiga travessia da balsa poderiam ser declarado imunes de corte. Apesar de estar com o caule muito estragado pela população, o pau-óleo ou óleo-de-copaíba (Copaifera langsdorffii Desv.), no final da Rua Minas Gerais, próximo a Estação de Tratamento de Esgotos, também poderia ser incluído na proteção da lei. Idem o araribá em frente ao Hospital Nª. Srª. Aparecida, próximo à Estação Meteorológica. Exemplos de árvores já protegidas: um belíssimo exemplar de latifoliada (evergreen), plantado pelo Imperador da China na Shaman Island (ilha central de Cantão), por volta do ano de 1.500. Uma velha figueira-branca (Ficus sp), na antiga Freguesia de Sant’Ana da Paraíba Nova, atual Areias,SP, onde em 17/ago/1822 passou o Príncipe Regente Dom Pedro I e sua comitiva rumo ao Ipiranga, em sua histórica viagem da independência do Brasil.

Áreas de Preservação Permanente (APP) - “Área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem estar das populações humanas”.
Em Arinos as APP se localizam:
a) Ao longo dos rios ou de qualquer curso d’água, cuja faixa de vegetação terá uma largura, para cada margem, de:
30m (trinta metros) para cursos d’água com menos de 10m (dez metros) de largura. É o caso da Vereda da Vaca em cuja barra ou foz se deu a fundação do povoado e da vila, atual cidade de Arinos.
50m (cinqüenta metros) para cursos d’água que tenham uma largura entre 10 e 50m. Caso do Rio Urucuia, do famoso escritor mineiro Guimarães Rosa. Arinos situa-se à margem esquerda do Urucuia e a APP está sendo invadida por casas de pescadores e de recreio.
b) Ao redor das lagoas ou reservatórios d’água naturais ou artificiais: (represa do bairro Crispim).
c) Nas nascentes, ainda que intermitentes e nos olhos d’água – raio mínimo de 50m de largura; caso da nascente da Vereda da Vaca, atualmente ocupada por pastagens (gado de leite).
d) No topo dos morros, montes, montanhas e serras;
e) Nas encostas ou parte destas com declividade acima de 45°,
correspondente à pelo menos 100% de declividade na linha de maior declive.
A comunidade, especialmente da Vila da Igrejinha, deveria lutar para a conservação das APP no Ribeirão de Areia, nos Córregos Santa Maria, Extrema, do Menino, da Onça, Caçador, Morrinhos, Garimpeiro, Galho Preto e Invernada e nas inúmeras veredas da Fazenda do Menino. Também é hora de se pensar na formação de um Parque Estadual ou Área de Relevante Interesse Ecológico ou APA (Área de Preservação Ambiental) nas nascentes do Ribeirão de Areia, nas divisas com os municípios de Chapada Gaúcha e Urucuia.
A utilização das APP depende sempre de autorização prévia do IEF e sua exploração constitui crime ambiental.

Reserva Legal (RL) - “Área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e proteção de fauna e flora nativas”.
Em MG a RL é de no mínimo 20% da área total da gleba, excluída as APP. Deve ser feita em glebas a partir de 100 ha (cem hectares). Processo bom, útil, necessário e que também reduz bastante o ITR (Imposto Territorial Rural) a ser pago anualmente.
A área de RL deve ser averbada à margem da matrícula no CRI, sendo vedada a alteração de sua destinação nos casos de transmissão, a qualquer título. É um processo bastante burocrático, caro, demorado e difícil. As autoridades do setor ecológico/ambiental deveriam simplificar bastante o processo tornando- o menos burocrático, mais simples, mais rápido, com menos documentos e declarações. Para que exigir declaração do Sindicado Rural em processos de R.L.? Também para que concordância dos vizinhos em pedidos de desmatamento do IEF? Porque um processo que pode ser feito em uma ou duas semanas demora de seis a doze meses ou mais? Consulte-nos para processos de RL inclusive em glebas de posses ou terras devolutas.
Nas áreas de RL não é permitido o corte raso e a exploração com fins comerciais. A vegetação não pode ser suprimida, podendo ser utilizada sob o regime de manejo florestal sustentável, à critério do IEF.
O Sr. Júlio Barbosa vem aplicando esses conhecimentos em nossas fazendas Santo Expedito e Córrego da Onça no Distrito da Igrejinha, em Arinos-MG.


Autorizo a publicação e divulgação.


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EUCALIPTOS E MST

Geraldo R. Braga*

Só podia ser mesmo mais uma ação violenta do MST através de sua “Via Campesina”, o absurdo ataque e destruição do laboratório de pesquisas florestais e do viveiro de mudas de eucaliptos da Aracruz Celulose (empresa brasileira), no RS. Com perdas de 1 milhão de mudas e prejuízos de milhões de dólares, essa violência em nada contribui para o desenvolvimento de região e atração de novos investimentos para o Brasil.
Segundo a ABRAF, ABTCP, BRACELPA e SBS, o setor brasileiro de celulose e papel gera mais de 100.000 empregos diretos, recolheu R$2 bilhões em impostos em 2005 e deverá fazer investimentos superiores a US$ 14 bilhões no período 2003 a 2012.
Como se sabe o MST é ilegal (não existe juridicamente), é impatriótico e apátrida (não tem pátria, pois está ligado ao comunismo internacional mais reacionário, mais retrógrado), é violento, não quer a paz no campo (pelo contrário, prega a revolução comunista armada como forma de tomada do poder), e não quer a reforma agrária e sim subsídios agrícolas, cestas básicas, bolsas família, terras de graça, empréstimos a fundo perdido (juros zero), e outras formas de “mamar” de graça à custa da sociedade democrática , trabalhadora e que paga impostos, taxas e contribuições.
A mídia deveria esquecer o líder do MST, Sr. JPS (melhor se fosse GPS), que se diz economista, mas certamente nada entende de eucaliptos e do agronegócio, o sustentáculo de nossa balança comercial. Você, caro leitor, vestiu-se, alimentou-se e bebeu hoje? Agradeça aos fazendeiros e ao agronegócio, não ao MST, que tanto tem atrapalhado a nós, que produzimos, geramos empregos e sustentamos a nação (não somos parasitas). Também causa grande estrago em nossa imagem no exterior, a repetição diária e ao vivo das invasões, queima de pastos, destruição de plantios e estações de

Protocolo 6164-IBAMA – 24/ABR/06
740/06 – IEF –30/JUN/03

___________________
*Engº Agrº Reflorestador, Economista Rural (MS)

pesquisas agroflorestais, máquinas, veículos, equipamentos, cercas e construções, bloqueio de estradas, pontes, pedágios, invasão de prédios públicos e bancos, pela “Globo News”, de Nova York (USA). Os equatorianos e outros povos tem muita admiração e desejo de conhecer o BR, mas tem medo de virem. Em Quito, em importante região com técnicos do Banco Central, fomos questionados se o BR estava em guerra total como o Iraque ou em guerra civil como a Colômbia. Respondemos que o BR estava em paz. Eles disseram “mas a Globo mostra todo o dia as invasões do MST”.
O Latifúndio Produtivo, Grande Propriedade Produtiva ou Empresa Rural (Plantation ou Plantación), é que produz bem, com técnicas ecologicamente corretas, com respeito aos recursos naturais renováveis, barato e em grande quantidade para abastecer o mercado interno e exportação, não a agricultura de cabo de enxada, de fundo de quintal , proposta pelo MST. Onde está a produção agropecuária e florestal do MST? Que resultados tem para apresentar à sociedade depois de décadas de distúrbios, invasões e bagunças injustificáveis, mesmo consumido milhões de dólares que seriam melhor empregados, no reflorestamento por exemplo, conforme nosso artigo “Reforma Agrária e MST ” editado no “Painel dos Leitores”, da Folha de São Paulo, 23/ago/04. Os incentivos fiscais ao reflorestamento, ao tempo da tão boa e oportuna Lei 5.106/66 e DL. 1134/70 geraram muitos empregos, fixaram a mão-de –obra desqualificada no meio rural e seus bons resultados são sentidos até hoje (o jornal ou livro que você está lendo certamente é feito de eucalipto, você sabia?).
O que sabe o MST, a Via Campesina e os “stédiles” da vida, massa de manobra analfabeta, despreparada, sem experiência, sobre genética, transgenia, OGMs, biotecnologia, agroecologia, hibridação, seleção natural, agronegócio, recursos naturais renováveis, efeito estufa, APP, RL, APA, RPPN, ADA,ARIE, EIA-RIMA, evolução (the struggle for life), mata ciliar, GPS, georreferenciamento, reflorestamento, eucaliptocultura, etc?
Em relação aos eucaliptos, as árvores dos frutos de ouro, nada se perde, tudo se aproveita, inclusive o cheiro (citronelal).Imitando Kalil Gibran I’d like to say that os eucaliptos são um poema que a terra
escreve para o céu.Com aproximadamente 660 espécies, inclusive híbridos, o eucalipto, originário da Austrália, se adaptou perfeitamente bem no Brasil, em todos as latitudes e longitudes (Gracias a Dios e no a el MST).
Com nosso conhecimento de 42 países nos 5 continentes, prática e responsabilidade de 40 anos como Engº Agrº Reflorestador, com 50.000.000 de árvores especialmente eucaliptos, pinheiros, essências nativas, frutíferas, de arborização e ornamentais plantadas, cultivadas, manejadas, colhidas e exportadas, desde o Norte de Minas até o Litoral Sul de Santa Catarina, afirmamos que florestas homogêneas de eucaliptos não são um crime ambiental como quer o MST(crime ambiental são as favelas rurais nas matas ciliares e beira de rios, incêndios nos pastos e canaviais, derrubadas de reflorestamentos, destruição das matas ciliares e desmatamento nos assentamentos do MST, a Operação OPTei na Amazônia Legal etc). Plantações de acácias (leguminosas enriquecem o solo, fixando o nitrogênio atmosférico em suas raízes), eucaliptos e Pinus não destroem a biodiversidade, não deterioram os solos, não secam os rios. Tivesse um mínimo de educação ambiental, o Sr. JPS saberia que esses mitos não tem nenhum fundamento científico. A Via Campesina deveria visitar o melhor museu do eucalipto do mundo. Onde? Austrália? Não, no Horto Florestal Navarro de Andrade em Rio Claro, SP, orgulho da nossa avançada silvicultura. Veja também os exuberantes eucaliptos centenários, plantados pelo saudoso Engº Agrº Navarro de Andrade, pai de nossa eucaliptocultura, por volta de 1904.
Em reunião com os reflorestadores no Jardim Botânico de Canberra (Australian Capital Territory), eles ficaram admirados e demostraram grande interesse em visitar o BR ao saber de nosso adiantado nível tecnológico em eucaliptocultura, alta produtividade e grandes projetos de plantios anuais.
Na Austrália, pátria dos eucaliptos ou Australian Mahogany, onde estivemos estudando sua ecologia e utilização florestal nos Estados de New South Wales, Canberra (ACT) e Victory, esta mirtácea é a espécie predominante com ocorrência inclusive nos desertos. Praticamente é a única madeira utilizada em todo o país, por exemplo no ancoradouro do grande porto de Sydney. Há ocorrência de inúmeros animais nos eucaliptais, basta citar os símbolos da Austrália, os koalas (só se alimentam de folhas de eucaliptos), os cangurus, e os emus (aves pernaltas semelhantes a nossa ema) , diversas aves como pode ser visto em Sydney, Melbourne, Echuca, Moama, Vaca Vaca, Canberra, etc. As matas ciliares em Echuca e Moama (margens direita e esquerda do Murray River), são formadas com aproximadamente 95% de eucaliptos, casuarinas e outras espécies. Para quem quiser ver, o rio está lá (não está seco), sendo usado até hoje para a navegação turística. Junto ao Centro de Informações Turísticas há alguns exemplares lindíssimos, mais velhos que o BR, com diâmetros de até 200 cm. É a região do melhor E.camaldulensis, de madeira dura semelhante ao nosso jacarandá-da-bahia, usado para móveis finos, cutelaria, artesanato, etc.
Como as raízes dos eucaliptos crescem rápido, tem a capacidade de se aprofundarem rapidamente no solo à procura do lençol freático, e, assim sobreviverem no período crítico de 3 a 4 meses após o plantio. Veja porque se adaptaram tão bem aos cerrados brasileiros, savanas na África do Sul, solos fracos e rasos na Espanha, Portugal, Peru, Chile, Bolívia, etc.
Os eucaliptos causam desertos? Não, os desertos foram formados primeiro e depois, pela seleção natural, os eucaliptos se adaptaram à regiões desérticas, secas, de solos rasos, pedregosos, inférteis, encharcados, etc.
Como os cerrados e savanas são regiões planas, sofreram intensa lixiviação por milhões de anos, perdendo sua riqueza mineral para as camadas profundas ou para o subsolo. Os eucaliptos, com suas raízes de crescimento rápido e profundo, sugam para suas folhas esses minerais, e com a sua morte e decomposição, enriquecem os solos fazendo a cobertura morta (mulch), evitando a erosão hídrica e eólica, diminuindo a insolação direta e o endurecimento da camada superficial, e também a temperatura ambiente. Por isso, e por uma série de outras vantagens, os eucaliptos são recomendados e fomentados pela FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), para contenção de dunas, encostas, reflorestamentos em áreas degradadas, pisoteadas, íngremes, solos rasos ou com pouca precipitação ( África Sub Saariana por exemplo).
Os grandes plantios homogêneos devem ser intercalados com as Matas Ciliares e Áreas de Reserva Legal (essências nativas), mínimo de 20% em cada propriedade. Visite a Klabin do Paraná, em Telêmaco Borba, a Votorantim Celulose e Papel em Capão Bonito e Luiz Antônio, SP(Engº Antônio Ermírio de Moraes) e Irmãos Meneguetti em São João do Paraíso (MG), e veja o excelente nível silvicultural, de empregos e de organização destas empresas brasileiras. Deserto verde? Não, pelo contrário, um jardim perfumado pelo agradável e medicinal aroma da essência do Eucalyptus citriodora por exemplo.
O Brasil tem 3.000.000 de hectares de eucaliptais, da Amazônia ao Rio Grande do Sul. É uma espécie de rápido crescimento, permitindo 3 colheitas ou cortes rasos em apenas 20 anos, com a
excepcional produção de até 60st/ha/ano o que chega a ser 4 a 5 vezes mais que os reflorestamentos de pináceas nos países temperados do Norte. Temos insolação, clima ameno, permitindo crescimento o ano todo, grandes áreas de terras planas e baratas e vamos nos tornar em breve um dos maiores reflorestadores mundiais, especialmente com eucaliptos, queira ou não a Via Campesina e o MST. Deus nos salve destas pragas, porque das saúvas e incêndios florestais nos livramos nós.
Segundo o Dr. Carlos Young (UFRJ), citado por Celso Ming, Estadão de 16/03/06, o eucalipto não causa prejuízo ambiental maior que o provocado por qualquer outra monocultura como pastagens, café, trigo, soja ou cana. Também, segundo o Engº Agrº Walter Lima, da ESALQ (USP), citado por Agnaldo Brito, Estadão de 26/03/06, o eucalipto não esgota os recursos hídricos. Com o consumo de apenas 5 litros de água/m²/ árvore no verão, e de 1,2 litros no inverno, os eucaliptos seriam facilmente suplantados no consumo d’água pelos reflorestamentos com aroeira, baru, cabreúva, canelas, jacarandá, jacaré, jatobá, jequitibá, ipês, pau-brasil, pau-ferro, vinhático, etc, se plantados na densidade de 1.670 a 2.220 árvores/ha, como normalmente ocorre com os eucaliptos. O problema, se existisse, seria devido a grande quantidade de árvores por hectare, não a espécie em si.
O Prof. Maison da Nóbrega, Estadão de 26/03/06, em magistral artigo sobre “ A Ignorância de Stédile”, o chama de ludita e afirma, com a sua responsabilidade de Ex Ministro, que a ideologia e a ignorância
continuam a ser más conselheiras do MST.

Apiaí (SP), Março Verde/06


Autorizo a publicação no todo
ou em partes, desde que citado
o autor. CREA 5.406/D-MG
Publicado no Jornal Tabu,
Canavieiras, BA, 1ª quis/ago/06 (34) 3832-4406

quarta-feira, 3 de junho de 2009

REFORMA AGRÁRIA

Geraldo R. Braga

“Infelizmente, a reforma agrária do governo Lula está descambando para um perigoso patamar de pré-revolução comunista devido às ações violentas, desordeiras e anárquicas do MST.
Com o MST comunista, não poderemos gozar de paz e prosperidade completas devido ao desestímulo de investimentos no meio rural e à constante ameaça de invasões, à queima de pastos, à destruição de culturas, de casas e benfeitorias e à matança de gado, chegando ao cúmulo de expulsar os donos.
Um governo democrático deveria colocar nossos eficientes agentes de contra-espionagem infiltrados no MST. Se o MST ‘tem o direito’ de invadir, os proprietários também têm o direito de defender o seus bens, como muito bem garantiu o ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura.
Na Constituição, está previsto o direito à propriedade”.


Painel do Leitor – Folha de São Paulo, 23/ago/03